"- Como assim, meu pedido de demissão? Eu não escrevi nada. Deve ser brincadeira de alguém, só pode ser. É a única explicação, que tenho." Tentei me explicar, mas nada que eu falava ,parecia surtir efeito em Marisa ( minha chefe).
- Pois bem, Lesley. Suponhamos que foi uma brincadeira de alguém. Você pode me explicar, o por que de tal acontecimento, e quem foi o autor disto?
- Bem, não. Quer dizer de imediato, não me lembro de ninguém que pudesse ter feito, isso, mas vou descobrir. Disse isto mas nem mesmo eu estava mais acreditando em mim mesma.
Como pode, era apenas mais um dia comum de trabalho na minha vida, e de repente a calmaria se transformou em uma turbulenta tempestade.
- Marisa posso ver esta carta, talvez possa reconhecer a letra, pois vejo que foi escrito, de próprio punho.
-Tem certeza que você , quer mesmo continuar com isso, Lesley. A essa altura a voz de Marisa me soou um pouco áspera.
Quando ela me entregou a carta, senti o solo se abrindo abaixo dos meus pés, um calafrio percorreu meu corpo, e me fez ficar paralisada. A letra da carta era a minha. Mas como eu tinha total certeza que não havia escrito aquilo. Tudo bem, não era o melhor emprego do mundo, mas eu gostava de trabalhar nele, e afinal era dele que vinha o dinheiro para me manter.
- Sinto muito Lesley, mas devido a tudo o que aconteceu, vou ter que te afastar por uns dias , pense bem no que fez, e se é isto mesmo que quer.
- Não preciso pensar. Não quero me demitir, gosto daqui. Por DEUS Marisa, acredite em mim.!Eu não escrevi esta carta. Senti a garganta apertar e as lágrimas, não demorariam a cair, por isso resolvi me calar.
Deixei a sala, sem saber o que fazer.
As únicas pergunta que estavam na minha cabeça eram: Quem? Por quê?.....
Foi quando aquela sensação me veio novamente, aquele sopro gelado no meu pescoço, e me veio novamente o dejavu
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