terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pesadelos I

(…) O desejo de morrer era constante em minha vida, em dias que pareciam comuns, como os de verão por exemplo, não conseguia olhar para o céu , ver o sol brilhando, pessoas alegres, isso pra mim era um tormento, nada disso importava. O meu mundo era , preto e cinza não importava as corres que me eram apresentadas, já não saia mais , e quando o fazia, parecia que estava indo para um enterro, e como eu gostaria que fosse, o meu de preferencia. Eu tinha 18 anos, mas minha aparência era de uns 30anos , não me arrumava, não me maquiava, e usava só preto, meu cabelo estava sempre enrolado, e despenteado.
Sei que as pessoas ao meu redor sofriam com isso, principalmente a minha mãe, podia ver isso nos olhos dela todas as manhãs , quando ela entrava no meu quarto, me desejando bom dia.

 Na verdade , todas as manhãs para elae era um suspense, pois ela não tinha certeza de como me encontraria quando abrisse aquela porta, porém isso não amenizava aos meus desejos(..)


Nunca foi a garota mais popular da escola, conversava muito, mas eram poucos os amigos, haviam muitos colegas claro, mas amigas mesmo, tinha três – Simony , Sandy e a Gisa. Eramos inseparáveis, mas agora nem elas conseguiam me tirar de casa, e olha que elas se esforçam muito.
(…) A vozes dentro da minha cabeça , elas não se calavam, diziam tantas coisas, as vezes mais parecia um rádio mal sintonizado dentro da minha cabeça(...)
Os sonhos eram sempre os mesmo, o mesmo lugar, e aquela sensação de pavor crescente, aquela presença sombria que sempre me puxava para dentro do casarão, e aquela voz doce e suave que me trazia de volta (…) não importa o que o  psicanalista me dissese, no fundo  sabia que não era apenas pesadelos , havia um significado nisto tudo, e eu precisava descobrir o que era....

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